Hélio Martins Coelho
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    Água: Mundo, Brasil, Mato Grosso do Sul

    1 – A nível de Universo – é verdade que a água disponível para as populações é escassa em muitas regiões.

    2 – Brasil – água abundante, pois mesmo no Nordeste onde chove pouco, chove 300 ou mais milímetros por ano. Além disso tem ricos aqüíferos em partes do Nordeste. A realidade é que  não foi encontrada ainda a fórmula de tornar a água disponível para a população e outras necessidades naquela região.

    É preciso entender contudo que em certas regiões a água que pode ser disponibilizada não é suficiente para atividades que consumam muita água. Inclui-se aí certas lavouras irrigadas e algumas indústrias, grandes consumidoras de água.

    3 – Mato Grosso do Sul – riquíssimo em água. Temos dois imensos rios Paraguai e Paraná, que são imensos porque tem muitos afluentes grandes. Além disso o gigantesco Aqüífero Botucatu, hoje chamado Guarany e que está disponível em grande parte do Centro-Oeste e também em São Paulo, Paraná, Paraguai, Argentina.

    Acabo de ler o interessantíssimo livro Water – The fate of our most precious resource, por Marq de Villiers, publicado pela primeira vez no Canadá em 1999.

    Relata a história do uso da água, guerras por água (poucas), disponibilidade, falta, exaustão de recursos, soluções para disponibilizá-la, os grandes projetos de transporte de água: Califórnia, China, Rússia etc.  É um romance sobre o assunto.

    Virando agora aqui para nosso ESTADO DO PANTANAL, fica bem esclarecido que devemos criar todas as facilidades, inclusive incentivos, para que nossos habitantes façam bom uso da água, e com esse recurso natural maravilhoso, obtenham um melhor desenvolvimento econômico e social.

    Naturalmente um DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, que possa sustentar-se ao longo do tempo, tanto na qualidade como em quantidade. É isso que a Convenção de Tóquio 1992 prescreve.

    A burrice de dizer que é preciso cobrar pelo uso da água, é isso mesmo: É UMA BURRICE.

    A água do famoso San Joaquim Valley, na Califórnia, vem das geleiras das montanhas rochosas e do Rio Colorado. É uma água cara, mas seu preço é subsidiado em muitas cidades e para a agricultura irrigada. Os produtos agrícolas lá mesmo, também tem subsídios!

    Portanto um povo com um Governo inteligente, o que tem de fazer no Mato Grosso do Sul:

    A água deve ser cobrada sim, quando houver dispêndio para torná-la, disponível e como nas cidades. A comunidade decidirá quando deve ser subsidiada.

    As pessoas que criam ou tornam a água disponível como em represas, poços semi-artesianos, DEVEM SER PREMIADOS E NÃO PUNIDOS.

    O poder público, Ibama, SEMA, etc., e as leis já disponíveis fornecem amplos instrumentos para o uso sustentável da água.

    Criar condições de terrorismo na elaboração da lei estadual de Recursos Hídricos é antipatriótico.

    É preciso que as pessoas, inclusive as que estão no Governo, realmente tomem conhecimento das realidades do Estado, no que diz respeito a água. Evitem o agravamento da desconfiança das pessoas quanto a futuros gravames que possam vir a incidir sobre atividades produtivas, que necessitem grandes volumes de água, tanto no campo como na cidade.

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