Autor: luiza

  • Aroeira do Parque da Serra da Bodoquena

    A hora que as terras da Bodoquena pertencerem a União vai ficar muito mais fácil “roubar” aroeira e outras madeiras do que hoje.

    Hoje o fazendeiro ajuda o Ibama a fiscalizar.

    Se o fazendeiro mesmo tira, o Ibama multa, e o fazendeiro tem de responder inclusive com seus bens.

    Mas quando a madeira for tirada por quem não “tem nada”, vai ser muito mais difícil de coibir. O Ibama não terá o auxílio do Fazendeiro para evitar a retirada ilegal da madeira!!

  • A produção agropecuária, a inflação e o empobrecimento no campo

    Deprimir os preços internos através de importações de produtos agrícolas e da falta de política de garantia de preços mínimos na safra pode funcionar por algum tempo, mas o efeito Boomerang vem depois, por vários mecanismos:

    1 – Queda na produção interna, o que leva a aumento dos preços, inflação e obriga à importações.
    2 – Alta de preços no exterior .

    Estes fatores levam a déficit na balança comercial com todas as suas conseqüências, desemprego e diminuição da renda no campo.

    Nos últimos oito anos a política agrícola do governo levou a:

    – Destruição da produção de trigo;
    – Diminuição da produção de arroz e de algodão;
    – Déficit na balança comercial;
    – Desemprego generalizado no campo.
    – Queda do valor real do salário  do salário mínimo, com diminuição do poder de compra da população.

    Essas políticas equivocadas vieram de uma seqüência de governos com grande participação de Burocratas, que não valorizam a produção interna, as indústrias e os produtores rurais do país, preferindo fazer abertura de fronteiras e globalização sem salvaguardas para quem produz no Brasil, além de submeter toda a população a juros extorsivos.

    A Reforma Agrária e as invasões de terra estão trazendo tensão e intranqüilidade para o produtor, levando a desestímulo e queda na produção agropecuária.

    É hora dos formadores de opinião, políticos e governos enxergarem que o investimento no agronegócio é a forma melhor de gerar empregos e produtos para consumo interno e externo.

    Solução:  Parlamentarismo ?

  • O saco sem fundo

    O episódio do acampamento em frente à Fazenda do Presidente ilustra bem a atitude de certos setores do Governo Federal.

    Os acampados do MST, para sair, exigiram e obtiveram a satisfação de todas as suas reivindicações.

    O Governo está dizendo para eles “Me aperta, que eu gosto”.

    Fenômeno semelhante ocorre aqui no Estado quando a Força Pública cumpre um mandato de Reintegração de Posse e descarrega os invasores no corredor em frente à fazenda. Três dias depois eles invadem de novo a mesma Fazenda. É o cumprimento de uma ordem judicial para não valer.

    Atos como esses, acompanhados do fornecimento de cestas básicas, promessas de assentamento rápido etc, estão dizendo aos Sem Terra: “Invade que eu gosto”.

    Esses brasileiros carentes, assim como os índios praticamente nada produzem, não pagam impostos, nem INSS. No entanto se ficarem doentes tem acesso na frente dos trabalhadores normais, ao atendimento pelo SUS. Se não forem atendidos sai no jornal!! Obtém crédito rapidinho para pagar só a metade.

    Na reintegração de posse, ocorrem despesas, não só para o proprietário invadido como também para o Governo, que gasta tempo, saliva e despesas com a tropa.

    A população começa a ver que a atitude favorável com a reforma agrária, esta ensejando invasões de terra com todos os seus incômodos e malefícios e com custos para toda sociedade que paga impostos.

    Das centenas de assentamentos realizados no País, quantos já foram emancipados??!!

    A alegada melhoria da atividade econômica em municípios com assentamentos, advem da circulação do dinheiro que o Governo propicia aos assentados (cerca de R$ 15.000,00, para cada família) mais as obras (estrada, poços artesianos, etc.) que o poder público acabe tendo de realizar.

    Até onde vai o tamanho desse SACO SEM FUNDO???

  • Pobreza no interior: por quê?

    Neste estudo da Fundação Getulio Vargas no período Julho/ 94 – Maio/ 98 (Plano Real) verificamos, reajustes percentuais:

    Menos de 20%:        Leite, frango, boi gordo, ovos, Suíno Corte, Dólar
    Entre 20% e 40%:    Soja, laranja
    Entre 40% e 60%:    Arroz em casca, milho
    Entre 60% e 80%:    IGP-M
    Entre 80% e 100%:  IGP-DI, TR/ TJLP
    Acima de 100%:       FINAME

    Os produtos agrícolas tiveram reajustes modestos comparados com os índices que medem a inflação e com os fatores usados para correção dos financiamentos (TR, TJLP).
     
    Os recursos, a riqueza viajam então para os bancos que são habitantes das metrópoles.

    Os pobres, ficando sem emprego e sem meio de ganhar a vida no campo também migram para as cidades.

     
    Houve e há muitos fatores positivos no Plano Real. Alguns fatores negativos como a moeda Real supervalorizada e os juros , estão em processo de correção.

    Ao altos impostos (32% do PIB), as contribuições previdenciárias exageradas e as  obrigações trabalhistas continuam encarecendo os produtos e penalizando o produtor e o consumidor.

    A produção agrícola é responsável por 42% do PIB (da roça ao consumidor). Ela é feita no interior, o resultado final é o empobrecimento do Interior e da sua população.

    “ Terra Trabalhada, Nação Abençoada.”

  • O Brasil 2000

    Nesta altura da história, é fácil entender que a população não quer um Brasil comunista.

    A população deseja  um País Pacífico, ordeiro, que proporcione aos cidadãos  condições de ganhar a vida pelo trabalho ou por negócios, mas onde a distribuição de renda seja satisfatória oferecendo a todos oportunidades de um retorno digno pelos seus esforços.

    O sistema político vigente é uma democracia representativa. Os maus políticos e administradores  podem e devem ser eliminados  pelo voto ou por medidas judiciais baseadas nas leis vigentes.

    A estrutura legislativa permite modificar as leis quando necessário.

    Cabe portanto aos cidadãos exercer seus direitos e prerrogativas e realmente influenciar na condução e defesa dos direitos de cada um. Também no cumprimento dos deveres de cada cidadão.

  • Questão Agrária X Banditismo

    Pessoas “carentes” ou não, são levadas por líderes natos ou em formação a invadir propriedades rurais estruturadas e produtivas.

    Chegam a divulgar pelo rádio a abertura de inscrição para a aventura da invasão.

    Esses líderes “natos ou em formação” tomam gosto pelo poder, que exercitam ao manejar a massa humana dos acampamentos.

    Os participantes da invasão passam a ser chamados até pela mídia “trabalhadores rurais, sem terra”, até “agricultores sem terra” . Sabe-se que muitos deles têm até lojas e carros, sendo de muitos caminhos de vida.

    Contam como certo o fato de uma vez realizada uma invasão ela se torna uma “questão agrária’’ e eventualmente “um conflito no campo” ou  “conflito de terra”.

    Não passam de banditismo e tentativas de esbulho da propriedade.

    Os “líderes’’ vem e voltam em caminhonetes ou carros. Nos lugares mais quentes tem o conforto de ar condicionado nos escritórios e nos carros.

    Telefone celular está sendo muito útil na farra invasora –  Ouve-se que  esses celulares falam facilmente com certos gabinetes de autoridades.

    Outros “banditismo” devem ser lembrados :

    Juros e Correção Monetária do Governo FHCCambio, Dólar barato, Importação de produtos subsidiados na origem!
    Resultando no empobrecimento do campo e do interior. Desemprego, criame de sem-terras.

    É inegável que existe um grande número de desempregados ou sub-empregados que são facilmente conveniados a participar.

    A propriedade produtiva tem culpa disso?

  • Sucessão Familiar

    No período de Janeiro a Maio de 1996, a estudante de Administração de Empresas, Janneke Daamen, da Holanda, fez uma pesquisa em relação à  sucessão da empresa familiar, em Holambra II. Este artigo é um resumo de suas conclusões. Ela pretende com isso fazer com que as pessoas parem para pensar. Nas empresas familiares os problemas muitas vezes são omitidos.

    A sucessão das empresas, na maioria das vezes, é adiada. Isto pode acarretar problemas desastrosos para a empresa, assim como também para a família. A maioria das empresas não sobrevivem à terceira geração. Dentro das melhores famílias, as vezes, dois irmão não conseguem trabalhar juntos. Cada empresa familiar tem seus lados negativos e positivos.

    Características da empresa familiar

    * Existem uma forte relação emocional com a empresa. A família inteira depende do sucesso da empresa.

    * Cada membro da família tem, pois, a possibilidade de  trabalhar dentro da empresa. Através disso as pessoas podem exercer funções para as quais não são habilitados ou para as quais não possuam capacidade. É importante ajustar a pessoa no seu devido lugar.

    * Dentro da mesma empresa familiar o conflito não permanece somente dentro da empresa, mas tem também uma repercussão fora da empresa. Fale sobre os problemas e provoque uma confrontação. Quando os filhos vão trabalhar juntos na empresa torna-se necessário uma relação profissional. Não subestime pagando muito pouco senão irão se afastar. Não os pague demais porque isto não será acatado por outros.

    A sucessão


    No interesse dos próprios sucessores torna-se óbvio que seja visto de maneira critica a vida da empresa. Manter uma empresa por motivos nostálgicos deve ser descartado. Os sucessores irão enfrentar tempos difíceis. É muito difícil para um empresário despedir-se de uma empresa.

    O empreendedor tem medo do vazio, por isso, a sucessão geralmente não é regulamentada ou o é tardiamente.

    O empreendedor segura as rédeas e não oferece uma possibilidade para que o sucessor se desenvolva. Pode acontecer que o empreendedor tenha se tornado imprescindível coincidentemente.

    O pai muitas vezes é um homem prático. O sucessor, pelo estudo, geralmente é um homem teórico. Estas duas gerações, geralmente conseguem se completar.

    O pai pode sentir-se ameaçado pelo conhecimento teórico. Uma boa comunicação é de essencial importância.

    Para evitar isso deve existir uma forte cooperação entre o pai e o sucessor. O pai pode continuar confiando cem por cento em seu sucessor. Decisões devem ser compartilhadas.

    Para chegar a uma sucessão satisfatória deve haver uma boa comunicação com todos os filhos. A família toda deve saber que hoje em dia a sucessão de uma empresa custa muito esforço e também  muito dinheiro. Por isso torna-se necessário favorecer o sucessor em relação aos outros filhos. Cada um deve verificar a necessidade disso. Também o parceiro do sucessor deve ser envolvido com a sucessão.

     Planejamento

    Por conseguinte, os planos abaixo, mencionados devem ser compostos conjuntamente:

    *  Plano de sucessão: todos os bens e dívidas.
    * Plano de desenvolvimento: plano a longo prazo.
    * Plano e investimento: maquinas, solo e pessoas.
    * Plano financeiro: como financiar investimentos.

  • Opinião: Um Passo Tecnológico

    Uma pessoa só “melhora de vida” quando dá um passo tecnológico.
     
    Na era de abertura do Oeste de São Paulo, do Paraná e depois Mato Grosso do Sul, as pessoas melhoraram de vida porque ocuparam terras virgens de alta fertilidade.
     
    Essas áreas sustentavam, os índios que ainda eram homens “coletores” . Colhiam frutos silvestres, raízes, palmitos e caçavam animais silvestres.
     
    Os colonizadores (colônias publicas ou particulares) derrubavam as matas  (foice e machado), queimavam e plantavam milho, arroz, feijão e mandioca. A terra fértil e virgem em geral proporcionava boas colheitas. Animais silvestres e peixes completavam a alimentação desses desbravadores.
     
    Hoje não existe mais mata virgens a não ser na Amazônia, Paraguai e Bolívia. Terras de cerrado não se prestam a esse tipo de tecnologia de foice e machado, necessitam calcareo e adubos para produzir. Portanto um assentamento para ser bem sucedido agora necessita de recursos, maquinas e conhecimento tecnológico.
     
    É  mais complicado, trabalhoso e caro para fazer acontecer. Governo incapazes de prover uma educação, segurança, saúde mínimas certamente fracassarão numa tentativa de assentamento com tecnologia.
     
    Sem dúvida seria um progresso fazer assentamentos desse tipo. Alguns poderão ser bem sucedidos.
     
    A sociedade humana hoje é complexa com acúmulo de conhecimentos e tecnologias além de muitos problemas.
     
    O desajuste do desemprego  não é explicável de uma maneira simplista pela estrutura fundiária, e nem será resolvido por assentamentos em terras desapropriadas.
     
    A proposta honesta é a sociedade estudar a fundo os seus problemas e encaminhar soluções viáveis para os muitos problemas e situações que aflorarem desses estudos.

  • Um grande professor

    Uma homenagem ao Dr. Hélio Martins Coelho de sua neta Luiza Spengler Coelho, engenheira ambiental

    A vida só fica completa quando já se teve um grande professor. Não precisa ser um professor de alguma matéria da escola, pode ser um pai, um tio, ou no caso da minha família: um avô. Pois um professor não é só aquele que passa conhecimentos, mas também, aquele que passa valores.

    Meu avô foi um grande professor, pois deixou um exemplo, um exemplo a ser seguido. Não são só os inúmeros telegramas, e as incontáveis coroas de flores que mostram a importância que teve a vida do Dr. Hélio, mas sim, a incrível família de pessoas estudiosas, honestas e perseverantes que ele deixou. Estas pessoas continuam a contribuir todos os dias para a construção de um mundo melhor para os seus descendentes, pois aprenderam com ele a viver assim, contruindo e inovando sempre.

    Grandes professores, como o meu avô, nos ensinam como nos comportar nas situações da vida, mudam a nossa maneira de pensar, ampliam nossos horizontes e principalmente tocam nosso coração. Grandes professores sabem que sempre tem mais o que aprender, sabem que crescimento pessoal é um imperativo, e sabem que compartilhar o conhecimento pode ser feito de diversas maneiras, não só com giz e quadro negro. Mas principalmente, grandes professores nos inspiram a ser pessoas melhores.

    A vida vai passando, e ás vezes a gente não pára para pensar e valorizar nossos familiares, sempre ficamos orgulhosos percebendo que os outros os valorizam, mas por vezes, os próprios netos ou filhos não conhecem todas as suas realizações. E a morte muitas vezes chega sem anunciar, e leva nosso grande professor, aí a gente percebe que algumas lições ficaram inacabadas, que havia mais por saber. Mas aí lembramos, como o grande professor já havia ensinado, que sempre haverá mais por saber. E então concluímos, que no final, o que vale é viver sempre segundo o exemplo da pessoa que o grande professor era, no caso, o meu avô Dr. Hélio Martins Coelho.