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  • A produção agropecuária, a inflação e o empobrecimento no campo

    Deprimir os preços internos através de importações de produtos agrícolas e da falta de política de garantia de preços mínimos na safra pode funcionar por algum tempo, mas o efeito Boomerang vem depois, por vários mecanismos:

    1 – Queda na produção interna, o que leva a aumento dos preços, inflação e obriga à importações.
    2 – Alta de preços no exterior .

    Estes fatores levam a déficit na balança comercial com todas as suas conseqüências, desemprego e diminuição da renda no campo.

    Nos últimos oito anos a política agrícola do governo levou a:

    – Destruição da produção de trigo;
    – Diminuição da produção de arroz e de algodão;
    – Déficit na balança comercial;
    – Desemprego generalizado no campo.
    – Queda do valor real do salário  do salário mínimo, com diminuição do poder de compra da população.

    Essas políticas equivocadas vieram de uma seqüência de governos com grande participação de Burocratas, que não valorizam a produção interna, as indústrias e os produtores rurais do país, preferindo fazer abertura de fronteiras e globalização sem salvaguardas para quem produz no Brasil, além de submeter toda a população a juros extorsivos.

    A Reforma Agrária e as invasões de terra estão trazendo tensão e intranqüilidade para o produtor, levando a desestímulo e queda na produção agropecuária.

    É hora dos formadores de opinião, políticos e governos enxergarem que o investimento no agronegócio é a forma melhor de gerar empregos e produtos para consumo interno e externo.

    Solução:  Parlamentarismo ?

  • O saco sem fundo

    O episódio do acampamento em frente à Fazenda do Presidente ilustra bem a atitude de certos setores do Governo Federal.

    Os acampados do MST, para sair, exigiram e obtiveram a satisfação de todas as suas reivindicações.

    O Governo está dizendo para eles “Me aperta, que eu gosto”.

    Fenômeno semelhante ocorre aqui no Estado quando a Força Pública cumpre um mandato de Reintegração de Posse e descarrega os invasores no corredor em frente à fazenda. Três dias depois eles invadem de novo a mesma Fazenda. É o cumprimento de uma ordem judicial para não valer.

    Atos como esses, acompanhados do fornecimento de cestas básicas, promessas de assentamento rápido etc, estão dizendo aos Sem Terra: “Invade que eu gosto”.

    Esses brasileiros carentes, assim como os índios praticamente nada produzem, não pagam impostos, nem INSS. No entanto se ficarem doentes tem acesso na frente dos trabalhadores normais, ao atendimento pelo SUS. Se não forem atendidos sai no jornal!! Obtém crédito rapidinho para pagar só a metade.

    Na reintegração de posse, ocorrem despesas, não só para o proprietário invadido como também para o Governo, que gasta tempo, saliva e despesas com a tropa.

    A população começa a ver que a atitude favorável com a reforma agrária, esta ensejando invasões de terra com todos os seus incômodos e malefícios e com custos para toda sociedade que paga impostos.

    Das centenas de assentamentos realizados no País, quantos já foram emancipados??!!

    A alegada melhoria da atividade econômica em municípios com assentamentos, advem da circulação do dinheiro que o Governo propicia aos assentados (cerca de R$ 15.000,00, para cada família) mais as obras (estrada, poços artesianos, etc.) que o poder público acabe tendo de realizar.

    Até onde vai o tamanho desse SACO SEM FUNDO???

  • Pobreza no interior: por quê?

    Neste estudo da Fundação Getulio Vargas no período Julho/ 94 – Maio/ 98 (Plano Real) verificamos, reajustes percentuais:

    Menos de 20%:        Leite, frango, boi gordo, ovos, Suíno Corte, Dólar
    Entre 20% e 40%:    Soja, laranja
    Entre 40% e 60%:    Arroz em casca, milho
    Entre 60% e 80%:    IGP-M
    Entre 80% e 100%:  IGP-DI, TR/ TJLP
    Acima de 100%:       FINAME

    Os produtos agrícolas tiveram reajustes modestos comparados com os índices que medem a inflação e com os fatores usados para correção dos financiamentos (TR, TJLP).
     
    Os recursos, a riqueza viajam então para os bancos que são habitantes das metrópoles.

    Os pobres, ficando sem emprego e sem meio de ganhar a vida no campo também migram para as cidades.

     
    Houve e há muitos fatores positivos no Plano Real. Alguns fatores negativos como a moeda Real supervalorizada e os juros , estão em processo de correção.

    Ao altos impostos (32% do PIB), as contribuições previdenciárias exageradas e as  obrigações trabalhistas continuam encarecendo os produtos e penalizando o produtor e o consumidor.

    A produção agrícola é responsável por 42% do PIB (da roça ao consumidor). Ela é feita no interior, o resultado final é o empobrecimento do Interior e da sua população.

    “ Terra Trabalhada, Nação Abençoada.”

  • O Brasil 2000

    Nesta altura da história, é fácil entender que a população não quer um Brasil comunista.

    A população deseja  um País Pacífico, ordeiro, que proporcione aos cidadãos  condições de ganhar a vida pelo trabalho ou por negócios, mas onde a distribuição de renda seja satisfatória oferecendo a todos oportunidades de um retorno digno pelos seus esforços.

    O sistema político vigente é uma democracia representativa. Os maus políticos e administradores  podem e devem ser eliminados  pelo voto ou por medidas judiciais baseadas nas leis vigentes.

    A estrutura legislativa permite modificar as leis quando necessário.

    Cabe portanto aos cidadãos exercer seus direitos e prerrogativas e realmente influenciar na condução e defesa dos direitos de cada um. Também no cumprimento dos deveres de cada cidadão.